Moscou - a imponente capital russa
Desde adolescente sonhava em conhecer a Rússia e sempre dizia que a minha lua de mel seria lá, assistindo os melhores ballets do mundo (AMO ballet, e pra mim os russos são inigualáveis!!!). Além da dança, a grandiosidade do país, a Praça Vermelha, o Kremlin, a suntuosidade dos monumentos, os czares e os fatos históricos que tanto estudamos no colégio me deixavam doida para ver tudo de perto.
Então, quando meu marido me pediu em casamento, não tive dúvida do destino e, se bobear, planejei mais a viagem do que a festa. Moscou me surpreendeu tanto que voltamos depois de cinco anos de casados.
Amei as duas passagens por lá (setembro/2010 e junho/2015), e quando der volto de novo! Além de Moscou e São Petersburgo, também quero conhecer o circuito do "Anel de Ouro", que passa por cidades históricas do interior da Rússia, onde a cultura é bem pulsante, como, Suzdal, Vladimir e Serguiev Possad. E claro que sou louca para fazer a rota Transiberiana também!!!
Nos posts sobre a Rússia, vou falar das minhas experiências como turista sem entrar em mérito político, pois sabemos que o país sempre foi controverso nesse quesito e discussões políticas definitivamente não são o objetivo aqui.
Relevem a qualidade das fotos, pois tanto em 2010 quanto em 2015 eu era completamente sem noção e nem pensava em escrever um Blog.
Então, quando meu marido me pediu em casamento, não tive dúvida do destino e, se bobear, planejei mais a viagem do que a festa. Moscou me surpreendeu tanto que voltamos depois de cinco anos de casados.
Amei as duas passagens por lá (setembro/2010 e junho/2015), e quando der volto de novo! Além de Moscou e São Petersburgo, também quero conhecer o circuito do "Anel de Ouro", que passa por cidades históricas do interior da Rússia, onde a cultura é bem pulsante, como, Suzdal, Vladimir e Serguiev Possad. E claro que sou louca para fazer a rota Transiberiana também!!!
Nos posts sobre a Rússia, vou falar das minhas experiências como turista sem entrar em mérito político, pois sabemos que o país sempre foi controverso nesse quesito e discussões políticas definitivamente não são o objetivo aqui.
Relevem a qualidade das fotos, pois tanto em 2010 quanto em 2015 eu era completamente sem noção e nem pensava em escrever um Blog.
PARA SABER ANTES DE IR
A Rússia é o maior país do mundo em extensão, e ocupa parte da Europa e parte da Ásia. Para ter uma ideia do quanto é gigante, faz fronteira com 14 países e tem grande diversidade racial e étnica, o que já deu muito conflito na história, como o recente da Crimeia. Hoje, a população é de cerca de cento e quarenta milhões habitantes, e a Rússia está ranqueada como o nono mais populoso do mundo. Só não deve ser "o mais" porque boa parte do território é simplesmente congelante (Sibéria).
A língua oficial é o russo, língua eslava com influência latina, que eu juro que entendo um pouco quando ouço. Meu marido ri da minha cara quando falo isso, mas é que já assisti tanto ballet e entrevistas com bailarinos russos na vida, que de certa forma estou familiarizada com a língua 🤪!! Além disso, dei uma estudada antes de ir para a lua de mel e alguma coisa aprendi (ouvia todo dia um CD no carro no caminho do trabalho: "russo para iniciantes"!).
O grande problema é o alfabeto cirílico, que é impossível de entender. Hoje a maioria das placas em Moscou (pelo menos dos lugares turísticos) já tem tradução em inglês, então dá para se virar. E, falando nisso, notei que não é todo mundo que fala inglês por lá, especialmente o pessoal mais velho, então, prefira pedir informação aos mais jovens.
A moeda é o desvalorizado rublo russo, mas a Rússia é o país com o maior número de bilionários no mundo!
Brasileiros não precisam de visto para turistar até 90 dias. Na primeira vez que fomos, tinham acabado de tirar a obrigatoriedade do visto, mas alguns agentes do aeroporto não estavam bem informados e não queriam nos deixar sair! Fiquei tranquila porque não queria ir embora mesmo... !!!
Moscou é a capital da Rússia e a maior cidade, inclusive em termos populacionais (cerca de 12 milhões de habitantes). É a sede administrativa, financeira, judicial e cultural. Lá está a famosa Praça Vermelha, o Kremlin e o lendário Teatro Bolshoi!!!
Confesso que não tinha expectativas altas em relação à Moscou e, quando cheguei, me surpreendi demais. A cidade é lindíssima, limpa, conservada, super imponente com avenidas largas e prédios que parecem palacetes. A noite é agitada, com muita opção para jantar bem, beber e se divertir. Moscou é grandiosa como todo o país, e definitivamente merece uma visita.
COMO CHEGAR E SE LOCOMOVER EM MOSCOU
1. Brasil - Moscou
Não existem vôos diretos entre Brasil e Rússia, portanto, a melhor opção é voar com alguma companhia europeia, fazendo apenas uma conexão. Ex: São Paulo - Paris - Moscou, pela Airfrance.
2. Aeroportos Moscou – Centro
Moscou tem três aeroportos internacionais: o Sheremetyevo (cerca de 30km do centro), o Domodedovo (cerca de 40km do centro), e o Vnukovo (cerca de 30km do centro). Além de táxi e Uber que são as opções mais confortáveis, uma boa alternativa é o trem Aeroexpress que liga os três aeroportos mencionados acima até o centro da cidade. Para todas as informações sobre esse trem, clique aqui.
3. Em Moscou
Ande a pé o quanto aguentar, principalmente pela região da Praça Vermelha e Kremlin, onde estão a maioria das atrações. Dizem que na Rússia é muito normal o uso de carros comuns que fazem as vezes de táxis. Inclusive, dizem que esse sistema funciona melhor que o próprio táxi. Eu não paguei para ver.
- Metrô: além de ter estações lindíssimas que são verdadeiros pontos turísticos, é bem eficiente.
- Ônibus: também é eficiente, alguns funcionam 24 horas.
- Táxi: cuidado, só peça pelo hotel, pois muitos não ligam taxímetro e podem sacanear o turista.
- Uber: usei muito da última vez em que estive lá e foi ótimo.
QUANDO IR E QUANTO TEMPO FICAR
Gostar mais de frio ou de calor é muito pessoal. Claro que conhecer a Rússia numa temperatura não tão baixa será mais agradável, mas a viagem ficará muito mais típica no frio, de preferência com muita neve!!
Vá no verão do hemisfério norte se você não suporta frio, vá no inverno do hemisfério norte se você quer sentir na pele o tão temido inverno russo, ou vá na primavera/outono do hemisfério norte se procura um meio termo (se bem que o "meio termo" lá sempre tende ao frio!).
Eu fui em setembro de 2010 e os termômetros marcavam cerca de 14ºC. Depois, fui no fim de junho de 2015 e peguei um calor agradável em Moscou e um calor de suar em São Petersburgo.
Para conhecer o principal de Moscou sem se matar de correr, recomendo ficar pelo menos três dias inteiros.
UM POUQUINHO DE HISTÓRIA
Os primeiros habitantes da região da Rússia foram os eslavos que se misturaram aos vikings, no século VI. Eles instituíram Kiev como a capital (hoje capital da Ucrânia), e o cristianismo ortodoxo como a religião oficial, pois o principal governante da época, Vladimir I, teve que se converter ao se casar com a irmã de um imperador bizantino. Por isso, afirma-se que a cultura russa é um mix das culturas eslava e bizantina.
Depois de invasões mongol e busca por reunificação, surgiu o Império Russo dos czares (de 1721 a 1917), a parte mais legal de se estudar, na minha opinião.
Em 1917 houve a famosa Revolução Russa em plena Primeira Guerra Mundial, que derrubou o regime czarista e implantou um regime baseado em ideias socialistas. Daí em diante, partidos políticos brigavam entre si, sendo que os famosos bolcheviques saíram vitoriosos, sob o comando do líder e revolucionário Lênin. Nascia aí a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, a famosa União Soviética, que dominou os países do leste europeu.
Com a morte de Lênin em 1924, o ditador Stalin subiu ao poder. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a Rússia e os Estados Unidos eram as maiores potências mundiais, o que gerou a Guerra Fria: uma guerra econômica, diplomática e ideológica, que objetivava a conquista de zonas de influência. Os EUA lideravam o mundo capitalista, e a URSS, o mundo comunista. Isso gerou uma corrida armamentista, inclusive nuclear, que apavorou o mundo.
A União Soviética foi dissolvida em 1991, com a eleição do presidente Boris Yeltsin, quando se formou a Federação Russa que conhecemos hoje. Depois de Yeltsin, veio o Vladimir Putin, o Dmitri Medvedev e o Putin de novo, dessa vez com mandato até 2024.
Outros fatos importantes que envolvem a Rússia e que é legal saber, são:
- O país faz parte dos BRICS;
- É um dos cinco Estados reconhecidos com armas nucleares do mundo;
- Fez o primeiro voo espacial humano, com Yuri Gagarin
- Anunciou a primeira vacina contra o vírus SARSCOV2, que causa a Covid-19, chamando-a de "Sputnik".
O QUE VER E FAZER EM MOSCOU
Da primeira vez que fomos em 2010 fechamos nossa lua de mel com uma agência de turismo especializada em Rússia, a Tchayka, pois eu tinha muito medo de me dar mal com a língua. Da segunda vez, fizemos tudo por conta com a ajuda de um walking tour, que eu acho que dá uma boa noção da cidade e da história. Fizemos com a empresa Moscow Free Tour e gostamos bastante.
Com a Copa do Mundo de 2018 muitas placas foram traduzidas pro inglês, então ficou mais fácil de se virar. Se a minha primeira vez fosse agora, não teria contratado agência de viagem. Abaixo, listo os principais pontos de Moscou.
1. A Praça Vermelha
Vamos começar pela parte mais emblemática, que, com certeza, todo mundo já viu uma vez na vida, seja em foto, seja na televisão. Na primeira vez que estive em Moscou, meu hotel ficava bem em frente, e foi surreal ver aquela praça, literalmente vermelha!
O "red" no nome não tem nada a ver com o período comunista, mas sim com a palavra russa que a denominava antigamente (krasnyy), que significava beleza, e que depois passou a significar "vermelho".
Originalmente, a praça servia como um centro de comércio cheio de barracas de madeira que viviam pegando fogo, e era conhecida como "Fire Square". Mais tarde, serviu para discursos públicos, execuções e procissões cristãs, posteriormente proibidas na era comunista. Hoje, é usada para eventos culturais e concertos. Ao redor da praça temos os monumentos que vou comentar abaixo, e que com certeza valem a visita.
Vale a pena ver a Praça Vermelha de dia e de noite, quando tudo fica muito bem iluminado e ganha outro visual, igualmente lindo!
Vamos começar pela parte mais emblemática, que, com certeza, todo mundo já viu uma vez na vida, seja em foto, seja na televisão. Na primeira vez que estive em Moscou, meu hotel ficava bem em frente, e foi surreal ver aquela praça, literalmente vermelha!
O "red" no nome não tem nada a ver com o período comunista, mas sim com a palavra russa que a denominava antigamente (krasnyy), que significava beleza, e que depois passou a significar "vermelho".
Originalmente, a praça servia como um centro de comércio cheio de barracas de madeira que viviam pegando fogo, e era conhecida como "Fire Square". Mais tarde, serviu para discursos públicos, execuções e procissões cristãs, posteriormente proibidas na era comunista. Hoje, é usada para eventos culturais e concertos. Ao redor da praça temos os monumentos que vou comentar abaixo, e que com certeza valem a visita.
Vale a pena ver a Praça Vermelha de dia e de noite, quando tudo fica muito bem iluminado e ganha outro visual, igualmente lindo!
2. Catedral de São Basílio
Com certeza o maior símbolo de Moscou! Vendo de longe, a mistura de torres vermelhas até parece um desenho, de tão colorida! São nove capelas separadas, com cúpulas abobadadas, de formas, cores e texturas diferentes. Oito cúpulas comemoram as investidas vitoriosas para a retomada de kazan, um dos muitos principados russos que os mongóis dominaram no século XVI. A nona cúpula foi construída posteriormente, por outro motivo que falo adiante.
Em 1152, o czar "Ivan O Terrível" mandou construir essa catedral para comemorar a retomada de Kazan, que, na verdade, representou a vitória contra o Império Mongol, numa guerra que durou cerca de cem anos. Nessa época, a construção de monumentos assim suntuosos para comemorar conquistas e reconquistas, era pura demonstração de poder. E uma guerra longa como essa não poderia ter um monumento qualquer como marco, tinha que ser algo marcante e imponente.
Diz a lenda, que "Ivan O Terrível" teria mandado cegar o arquiteto dessa obra prima (Postnik Yakovlev), para que ele nunca mais projetasse algo tão maravilhoso.
Sei que foram mais de dez anos para a obra ser finalizada, e, o mais interessante é que e a catedral nem sempre foi como vemos hoje. As cores não eram essas e nem as formas das cúpulas. Depois de um incêndio ocorrido em 1583 é que as cúpulas tomaram a forma de abóbodas e ganharam o colorido. Até então, era tudo branco com dourado, como as igrejas que vemos dentro do Kremlin (falo mais para frente nesse post).
Nem o nome era o mesmo de hoje. Como a retomada de kazan se deu no dia da festa da Intercessão da Virgem, o czar nomeou a catedral como Catedral da Intercessão da Virgem do Fosso, por causa do fosso que circundava o Kremlin. Depois, foi dado o apelido de São Basílio em homenagem ao santo São Basílio, o "santo tolo" que justificou a construção da nona torre. Esse santo era admirado e temido pelo próprio Ivan, pois ele o enfrentava ao criticar as maldades cometidas pelo czar. Era um homem excêntrico que costumava andar nu, até mesmo no inverno de Moscou! Quando ele morreu, Ivan mandou construir mais uma igreja e anexar à Catedral, constituindo a nona cúpula.
Napoleão Bonaparte e Stalin já quiseram destruir a catedral, mas ainda bem que os planos não vingaram!
3. GUM
Esse é o shopping mais "chic" da cidade! Lojas de luxo como Hermés, Gucci e Dior estão presentes por ali, assim como lojas mais acessíveis (Levi´s, UGG, etc). Na era soviética o GUM gerava filas e mais filas, pois era o único centro comercial em que não faltavam mantimentos.
Vale a pena conferir a delicatessen Gastronom 1, onde são vendidos produtos típicos russos, como o caviar. Na Rússia existe uma variedade enorme de caviar, sendo muitos deles baratos. Repare também nos produtos que ainda são vendidos num estilo retrô soviético, como latas com carnes de vaca, porco e aves.
Experimente também um sorvete super tradicional que vende perto de uma fonte, no meio do shopping. Esse sorvete é vendido desde 1954 e virou atração turística.
4. Mausoléu de Lênin
"Não construam monumentos para ele, ou palácios com seu nome, não organizem cerimônias pomposas em sua memória". Essas foram as palavras da viúva de Lênin.
Parece que não obedeceram as ordens, rs. Lênin está embalsamado num monumento em plena Praça Vermelha, onde milhares de turistas fazem fila para visitar. Das duas vezes em que estive em Moscou não fiz questão de ver, pois tinha muita fila.
Dizem que partes do corpo dele foram substituídas por cera, mas as autoridades negam. O mausoléu está quase encostado na parede que faz divisa com o Kremlin e, atrás dele, tem túmulos de outros comunistas famosos, como de Stálin, que também tinha sido posto dentro do mausoléu, ao lado de Lênin, mas a população protestou pela retirada.
Para entrar há uma rígida inspeção de segurança, e é proibido tirar fotos ou filmar lá dentro. Só abre das 10:00 da manhã até às 13:00, e não abre de segundas e sextas (informações de 2015, verificar se mudou).
5. Museu Histórico do Estado
Fica ali na entradinha da Praça Vermelha, e o prédio é muito lindo, parece um castelo. Tem que ser visto à noite também, pois a iluminação é maravilhosa. Conta a história russa desde a era paleolítica até o século XIX.
Para consultar dias, horários de funcionamento e demais informações, clique aqui.
6. kazan Cathedral
Essa igreja que fica ao redor da Praça Vermelha é uma réplica da original, de 1637. Foi demolida em 1936 pelos soviéticos, já que soviéticos e religião, não combinavam (eram ateus). Mas graças ao arquiteto Pyotr Baranovskiy que guardou fotografias da igreja, ela pôde ser reconstruída tal como a original, entre 1990 e 1993.
7. Kremlin
É o famoso complexo cercado por muralhas super altas ao lado da Praça Vermelha, que já foi a cidadela dos czares, quartel general dos soviéticos e, hoje, é a sede da administração russa. Ou seja, sempre foi e continua sendo sinônimo de poder!! Concentra muitas catedrais, palácios, museus e prédios do governo, os quais não se pode visitar.
Tudo começou em 1156, quando um príncipe chamado Yuriy Dolgorukiy escolheu a confluência do rio Moskva e do rio Neglinnaya, para construir uma fortaleza de madeira, onde mais tarde virou o centro de Moscou. Depois, já no século XV, o czar Ivan III chamou arquitetos italianos para construir um novo complexo, muito mais suntuoso e mais parecido com o que vemos hoje.
Kreml siginifica fortaleza e é assim que você se sente lá: entrando num local disputado, vigiado e cheio de história para contar. Stálin mandou destruir seus palácios e igrejas nos anos 30 e, somente em 1955, dois anos após a sua morte, foi reaberto.
O complexo é enorme e menos da metade pode ser visitada, pois os presidentes trabalham lá (atualmente o controverso Putin). O ideal é entrar com um guia para saber da história, e para que você saiba o que está vendo. Os destaques vão para a Catedral da Assunção e o Arsenal do Estado.
Abaixo, falo desses e de alguns outros monumentos que não podem ficar de fora da visita.
- Trinity Tower: essa torre, que é a mais alta do Kremlin, abriga um portão que guarda muita história!!! Costumava ser por ele que as esposas e filhas dos czares entravam na fortaleza, e por esse mesmo portão o exército de Napoleão Bonaparte marchou triunfante, quando os franceses conseguiram invadir Moscou em 1812. E é por onde entram os visitantes hoje em dia!
- Praça das Catedrais: antigamente todas as ruas do Kremlin convergiam nessa praça, onde aconteciam as solenidades de batismo, coroação e cortejos fúnebres dos czares e dos patriarcas da igreja ortodoxa russa. Hoje, o local continua sendo super importante, pois é lá que é feito o discurso de tomada de posse dos presidentes russos. A praça está rodeada de igrejas e das 3 principais catedrais: Catedral da Assunção, a Catedral do Arcanjo (onde os czares estão enterrados) e a Catedral da Anunciação. Mas é a Catedral da Assunção que se destaca, pois nela aconteciam as cerimônias de coroação dos czares e onde os patriarcas da igreja eram enterrados. Nessa praça é legal ver, também, o campanário de Ivã O Grande, que já foi a construção mais alta de Moscou, em 1600. Fora do campanário, está o Tsar Bell, o maior sino do mundo que pesa mais de duzentas toneladas!! Esse sino caiu, foi reconstruído, e, quando o Kremlin pegou fogo em 1737, jogaram água nele, mas um pedaço se desprendeu e ficou desse jeito da foto abaixo até hoje.
- Arsenal do Estado: aqui está a riqueza acumulada pelos príncipes e czares que fizeram parte da história russa. Os destaques vão para: os ovos Fabergé, principalmente para um que é uma caixa de música e está inserido dentro de uma estrutura que replica o Kremlin; a exibição de diamantes, coroas e joias, onde o protagonista é o "Orlov Diamond", um diamante gigante tirado de um templo indiano, que um tal de Orlov deu para a czarina Catarina, a Grande e ela o colocou no topo de seu cetro; a coroa de Monomakh, com dezenas de pedras preciosas diferentes, usada nas coroações até 1682; o vestido de coroação da Catarina, a Grande e a coleção de carruagens (coisa mais linda do mundo!).
- State kremlin Palace: é a única construção modernosa do Kremlin, que contrasta com todo o resto. Foi feita em 1959 para acomodar as conferências do partido comunista e, até 1991, era usada para encontros políticos. Hoje mudou da água para o vinho: é a sede da Companhia de Ballet do kremlin e seu auditório é usado para apresentações de ballet, operas e música no geral. Essa Companhia é muito mais nova que a do Bolshoi, mas está com tudo, tem excelente nível técnico e pode ser uma boa opção para quem quer ver um ballet russo. Da primeira vez em que estive em Moscou teve uma apresentação de ballet (Dom Quixote) com alguns solistas do Bolshoi e ÓBVIO que fui assistir. Foi lindo demais!!
- Alexander Gardens e Ruins Grotto: esse jardim gracioso se chama assim porque depois das guerras Napoleônicas, o czar Alexander I restaurou a cidade, inclusive o Kremlin. Ali nos arredores está a Ruins Grotto, um monumento que comemora a vitória da Rússia contra Napoleão Bonaparte, bem como o túmulo do Soldado Desconhecido, erguido em 1967 para homenagear os soldados do exército vermelho que morreram lutando contra o exército nazista.
8. Rua Varvarka e Rua Arbat
Localizada no bairro de Kitay-Gorod, a Rua Varvarka é uma das ruas mais antigas de Moscou, e abriga várias catedrais ortodoxas, daquelas com arquitetura bem russa. Começa atrás da Catedral de São Basílio e em cerca de quinze minutos você anda a rua toda.
Os destaques vão para a Church of St. Maxim, the Blessed, construída por comerciantes de Novgorod para abrigar os ossos de St. Maxim, e para o Palace of the Romanov Boyars, dinastia que governou a Rússia por três séculos. Esse palácio é um casarão enorme e é uma ótima oportunidade para ver como era a a vida aristocrática russa na Idade Média.
Já a Rua Arbat é de pedestres, onde tem milhares de lojas de souvenirs com produtos superfaturados e, muitas vezes, sem qualidade. As famosas matrioskas (aquelas bonequinhas que cabem uma dentro da outra) são vendidas aos montes por ali. Preste atenção se foram realmente pintadas à mão, se não, podem estragar rapidinho. As verdadeiras são pintadas à mão e não são nada baratas (um ótimo lugar para comprar é no Izmaylovo Market, próxima atração sobre a qual vou falar abaixo).
O nome Arbat vem da palavra mongol "arbad", que significa subúrbio. Na época em que o centro da cidade de Moscou estava inserido dentro do Kremlin, a Rua Arbat estava de fora, daí porque o nome. Originalmente essa rua era povoada por artesãos e comerciantes e, no final do século 18, se tornou o local favorito da aristocracia, bem como de poetas, pensadores, músicos e atores. O poeta Alexander Pushkin já residiu numa de suas mansões, onde hoje funciona o Pushkin House-Museum.
*** O que levar da Rússia e que pode ser encontrado em lojas na Rua Arbat e no no Izmaylovo Market ***
Matrioskas, ushanka (chapéus de pêlo), ovos Fabergé, caviar, vodka, jogos de xadrez (tidos como os melhores do mundo).
Matrioskas, ushanka (chapéus de pêlo), ovos Fabergé, caviar, vodka, jogos de xadrez (tidos como os melhores do mundo).
9. Izmailovo Market
É um lugar fofíssimo com exposições e comidinhas, artesanato russo, enfim, produtos típicos como os vendidos na Rua Arbat. Fica dentro do Parque Izmaylovo. A dica lá é barganhar. Os preços são mais convidativos que na Rua Arbat, mas a desvantagem é que é fora de mão.
10. Catedral do Cristo Redentor
Essa catedral que vemos hoje não é a original, pois os soviéticos a destruíram e o governo pós URSS a reconstruiu. Hoje ela desempenha um papel muito importante em Moscou, pois é onde as principais solenidades da igreja ortodoxa russa são celebradas.
Tudo começou no século XIX, quando o imperador Alexandre I decidiu construir uma catedral em honra aos soldados mortos nas batalhas contra Napoleão Bonaparte. Foi inaugurada em 1883, junto com a coroação de Alexandre III.
Em 1931 os comunistas a dinamitaram à mando de Stalin por acharem que era um símbolo da era czarista. Queriam construir um palácio em seu lugar, com uma torre altíssima contendo um Lênin de 100m no topo, mas o projeto era inviável (ainda bem!). Acabaram construindo uma piscina pública 🤷♀️ ! Após a queda da URSS, a catedral foi reconstruída de forma idêntica à original e reinaugurada em 2000.
O mais legal dessa catedral é a ponte que tem em frente. Rende belas vistas do kremlin e da Praça Vermelha (bem de longe). Aliás, das duas vezes em que estive em Moscou, vim andando dessa catedral até a Praça Vermelha por uma avenida feia, a Prechistenskaya Naberezhnaya (parece uma Marginal de São Paulo), mas que proporciona fotos de fora do Kremlin.
11. Mosteiro Novodevichy
Foi construído em estilo barroco no século XVI, para comemorar a retomada da cidade de Smolensk dos lituanos. No começo apenas a Catedral da Virgem de Smolensk foi erigida, e depois os demais prédios do complexo por ordem da regente Sofia, a meia irmã de Pedro, O Grande.
Em 1689, Pedro depôs a irmã, pegou o trono para ele e a confinou nesse convento para o resto de sua vida. Na parte de trás do convento tem um lago que nomearam de Lago dos Cines, pois dizem que Tchaikovsky teria se inspirado nele para criar a lendária obra, que para mim, é a maior obra de arte de todos os tempos!
12. Colina dos Pardais ou Sparrow Hills
Esse é o ponto mais alto da cidade, de onde se tem uma bela vista. Vendedores ambulantes e casais fazendo ensaios fotográficos são personagens corriqueiros nesse ponto da cidade. Lá está a Universidade Estatal de Moscou, prédio gigantesco construído na era de Stalin.
13. Estações de metrô de Moscou
Uma das principais atrações de Moscou são as suas 44 estações de metrô (informação de 2015), que mais parecem museus da história russa, pois são cheias de pinturas, esculturas e afrescos, que exibem cultura e realmente contam capítulos da história de Moscou, da Rússia e da União Soviética.
Cada estação foi detalhadamente pensada pelos soviéticos a mando de Stálin e executadas pelos melhores arquitetos da época, buscando proporcionar um ambiente pomposo para a população, de modo que as pessoas se sentissem especiais. Daí porque o apelido dessas estações ser "Palácio para o Povo" ou "Palácio Subterrâneo". A intenção dos soviéticos consistia em demonstrar que a era de privilégios dos czares havia acabado, e que, a partir de então, o luxo e a riqueza seria dividida com a população.
As estações são tão profundas que dá até aflição de pegar as escadas rolantes, pois, em certo ponto, você não vê o começo e nem o fim delas. E elas "rolam" muito rápido!! Eu que já tenho medo de escada rolante ficava desesperada cada vez que tinha que pegar uma! As estações são assim porque durante a Segunda Guerra Mundial, serviam de refúgios contra os bombardeios nazistas, e depois como quartéis generais do exército vermelho.
O melhor jeito de conhecê-las é com um guia, para saber as particularidades. Da primeira vez que visitei Moscou vi tudo com um guia e, da segunda vez, fiz o tour com amigos porque um deles fala um pouco de russo e foi nos guiando, já que o alfabeto cirílico é difícil para nós.
O ideal seria fazer o tour fora do horário de pico para poder apreciar as estações com calma e tirar fotos sem tanta gente. À noite, depois da hora do rush pode ser uma boa ideia. Apesar de haver uma comunicação visual simples nas estações, eu não achei tão fácil de se localizar, mas também não sou referência, pois sou bem perdida até em português.
Existem tours pelo metrô de Moscou no Viator, que duram cerca de uma hora e meia apenas. Já usei serviços do Viator e aprovei! Vou colocar abaixo as estações que achei mais bonitas, mas óbvio que tem muito mais!
- Revolution Square (Ploshchad Revolyutsii): tem 76 esculturas de bronze, representando o povo soviético, através de soldados, marinheiros, guardas de fronteira, camponeses, estudantes, atletas e trabalhadores no geral. Foi criada desse jeito para demonstrar que o passado glorioso, o futuro promissor e a força/poder do país é o próprio povo. A escultura mais famosa é um guarda de fronteira com um cachorro que, se você encostar no focinho, terá sorte. O focinho já está todo esbranquiçado.
- Komsomolskaya: uma das mais imponentes, é decorada no detalhe e dedicada à vitória na Segunda Guerra Mundial, ou Grande Guerra Patriótica, como os soviéticos a chamavam. Reparem nos painéis de mosaico cheio de pedras, é muito lindo! Os homens retratados nessa estação representam os comandantes russos usando armas de diferentes épocas.
- Novoslobodskaya: emoldurada por vitrais super coloridos feitos por artistas soviéticos renomados. Outro destaque dessa estação é o painel "Paz Mundial", do artista Pavel Korin.
- Mayakoskaya: homenageia o poeta Vladimir Maiakovski e foi usada como abrigo anti-aéreo. Além de muito bonita, ficou famosa por ter sido nela que Stálin fez um discurso, transmitido por rádio, para os comandantes e soldados do exército vermelho, em 1941.
14. Teatro Bolshoi
Desde pequena sou louca por ballet, sempre dancei e hoje tenho um Studio de dança para adultos. Assistir ao Ballet Bolshoi era um mega sonho! Eu sempre disse que passaria minha lua de mel na Rússia vendo o Bolshoi e o Kirov, outra grande companhia russa que adoro. Qual não foi a minha surpresa ao descobrir, já com as passagens em mãos, que o Teatro Bolshoi estaria fechado para reformas bem no mês da minha lua de mel? Mudo a data do casamento?? Não dava!
O jeito foi arrumar outra viagem para a Rússia. E foi o que fiz em 2015, quando o Daniel topou voltar, e tivemos 4 maravilhosas noites de ballet!
Compra de ingressos
Comprar ingressos para o Bolshoi não é uma tarefa fácil se você quer ver um espetáculo concorrido, em um bom lugar (um Lago dos Cisnes na plateia, por exemplo). Os melhores ingressos se esgotam num passe de mágica, e os preços praticados fora do site oficial são astronômicos. Tem muito site suspeito vendendo e muito cambista. Além disso, na Rússia existem preços para russos e preços para turistas (isso não só para ingressos de espetáculos).
A minha dica é: fique de olho no site oficial para ver quando o seu espetáculo desejado abrirá para compras (geralmente cerca de 3 meses antes), e esteja à postos quando abrir, com o cartão de crédito em mãos. Foi assim que consegui comprar entradas para Giselle, outro ballet bem concorrido. Preste atenção se você está comprando ingressos para o palco do Bolshoi (Historic Stage), pois eles vendem apresentações em palcos fora dele também (New Stage).
E um detalhe que me deixa p... da vida: eles não dizem quem vai dançar em qual dia. Ou seja, se você quer ver uma estrela do Bolshoi, como Svetlana Zakharova por exemplo, não tem como saber quando ela irá dançar. Eles soltam o elenco muito perto da apresentação, ou apenas no próprio dia (não me lembro exatamente).
Lembro que no meio de um walking tour que eu estava fazendo em 2015, a guia disse que um fulano (na verdade um cambista, rs), estava vendendo ingressos para aquela noite, e que, naquela noite quem dançaria seria a Svetlana com o Sergei Polunin (outro maravilhoso). Lógico que comprei, né? Mesmo já tendo ingressos pro mesmo ballet no dia seguinte...
Quando cheguei toda empolgada, o lugar que eles me venderam era no "puleiro" do teatro... vi a Svetlana e o Sergei do tamanho de formigas... a única vantagem foi ver o corpo de baile de cima, pois a sincronia e os desenhos são simplesmente perfeitos. Sorte que no dia seguinte eu tinha comprado ingressos na primeira fileira da plateia, e pude ver tudo muito melhor (mas não com a Svetlana).
Outra dica: se você sonha em entrar no Bolshoi pela porta da frente e passear pelos corredores nos intervalos, compre plateia para garantir, porque, se você comprar o último andar (não sei sobre os andares intermediários), vai entrar e sair por uma entrada lateral do teatro, e não vai poder circular por outros lugares. Nesse dia que me colocaram no "puleiro", mal vi o teatro por dentro, pois entrei por essa lateral que já dá numa escada que te leva aos andares superiores.
No dia seguinte, finalmente entrei pela frente e pude circular lá dentro! Nem todos os espaços do Bolshoi são opulentos, alguns são bem "simplões". Claro que é emocionante estar ali por toda história e tudo que representa, mas não achei seus corredores e demais espaços tão espetaculares assim (com exceção do auditório). Um Ópera de Paris dá de mil à zero. Até um Municipal de São Paulo! Mas também não vi o teatro inteiro porque não é permitido. Para ver tudo, vale a pena fazer uma visita guiada, sobre a qual falo mais adiante.
História
Bolshoi significa "grande" e esse adjetivo casa direitinho com seus espetáculos, que são sempre gigantescos em beleza e perfeição técnica. Os mais lindos ballets e as mais lindas óperas são apresentadas anualmente por lá. Em seu palco, houve muitas estreias históricas, incluindo a do ballet Lago dos Cisnes, em 1877, que não foi bem aceito pelo público na época. Hoje é a obra mais conhecida e prestigiada (e A MAIS maravilhosa do mundo para mim!)!!
O teatro foi inaugurado em 1780 a mando da Imperatriz Catarina, a Grande, mas em 1805 e em 1853 sofreu dois incêndios (com duas posteriores restaurações). Na Segunda Guerra Mundial uma bomba danificou severamente o teto.
Já no século XXI, o Bolshoi passou por uma big reforma que durou de 2005 até 2012, a um custo de cerca de 500 milhões de euros, com cerca de 3.500 profissionais envolvidos no processo!! O motivo foi segurança, pois existiam fundações abaladas ao longo de todos esses anos. Houve escândalo com denúncias de desvio de verba, investigações de superfaturamento, e, obviamente, atraso na entrega.
Nessa última reforma, símbolos soviéticos foram substituídos por símbolos da época dos czares, como forma de apagar uma parte do passado e retomar a originalidade. Estou falando da foice e do martelo que enfeitavam o camarote do czar e que foram substituídos por uma águia de duas cabeças, símbolo das dinastias russas.
Como se não bastasse todo esse passado histórico de destruição e reconstrução, Lênin quis demolir o teatro na época soviética, pois considerava a arte dos ballets e óperas, uma arte burguesa. Ainda bem que Stálin o convenceu do contrário. O mais irônico, é que foi lá, no Bolshoi, que Lênin fez seu último discurso antes de morrer, já que o teatro serviu de palco para reuniões políticas.
Nessa época, aliás, muitos artistas deixaram a União Soviética e pediram asilo político no ocidente. Foi o caso dos célebres bailarinos Mikhail Baryshnikov, que fez carreira nos Estados Unidos, e de Rudolf Nureyev, que fez carreira na França.
Hoje, vira e mexe o teatro ainda é alvo de confusão e escândalos que envolvem poder, rivalidades e muita vaidade. Além disso, o desgaste físico, os baixos salários e as curtas carreiras dos bailarinos fazem do Bolshoi um barril de pólvora. O último escândalo noticiado mundialmente envolveu um bailarino e o então diretor artístico, Serguei Filin. O bailarino mandou jogar ácido sulfúrico no rosto do diretor, por este ter, supostamente, negado papéis principais à sua namorada. O diretor passou por mais de 20 cirurgias na Alemanha e quase ficou cego de um olho. Não é só de glamour que vive o Bolshoi! Muita coisa acontece atrás das cortinas que nós não temos nem ideia...
E o mais doido de tudo isso é que o Bolshoi tem uma única filial fora da Rússia. E fica aonde?? No Brasil, em Joinville! Isso porque, em 1996, a cia do Bolshoi fez uma turnê aqui, e, ao visitarem Joinville, os russos ficaram encantados com o envolvimento da cidade com a dança e com a receptividade do público. Hoje temos bailarinos brasileiros contratados pelo Bolshoi da Rússia, como Bruna Gaglianone e Erick Swolkin, uns dos pouquíssimos estrangeiros na companhia.
Visita Guiada
Lembro que tentei participar dessa visita e desisti porque era muito perrengue, mas não sei se mudou (tomara!). Não dava para comprar com antecedência, tinha que aparecer lá no teatro umas duas horas antes da hora da visita, e, mesmo assim, só entrava um número limitado de pessoas. Ou seja, é bom chegar bem antes para garantir seu lugar.
É possível visitar o teatro todo, inclusive o subterrâneo, através de uma visita guiada de cerca de uma hora, que só acontece às segundas, quartas e sextas, ao meio dia. Pelo menos era assim em 2015, mas é melhor consultar o site do teatro antes de ir, pois algo pode ter mudado.
Tem um tour em inglês e outro em russo. Você fica lá na frente da porta, ninguém faz fila, e, de repente, aparecem umas pessoas do teatro super mal humoradas para organizar quem é do tour em inglês e quem é do tour em russo. Eles contam o número de pessoas que admitem e o resto fica a ver navios... uma confusão, super desorganizado e mal feito. Quando percebi que era bagunçado, mesmo antes de saber se eu teria direito a entrar ou não, fui embora.
Para mais informações sobre ingressos, visita guiada, horários, etc., clique aqui.
PARA COMER E BEBER
Antes de começar a listinha de restaurantes, vou comentar alguns pratos russos que valem ser experimentados:
- Borscht: sopa de beterraba com tomate, legumes e carne, servida com sour cream.
- Blini: panquequinha de massa fina, com uma variedade enorme de recheios, inclusive caviar.
- Pelmeni: parecido com um capeletti, é uma massa recheada com algum tipo de carne (porco, vaca) ou cogumelos.
- Salada Olivier: é a famosa maionese de batatas! Uma mistura de legumes com maionese.
- Estrogonofe: pedaços de carne e cogumelos, com creme de leite. Bem parecido com o nosso.
1. White Rabbit
Em 2017 esse restaurante foi eleito um dos 50 melhores restaurantes do mundo, por uma prestigiada revista britânica sobre o assunto. Mas antes desse prêmio, em julho de 2015, escolhemos o White Rabbit para comemorar o aniversário de uma das amigas que viajou com a gente. Ele fica afastado do centro turístico de Moscou, no topo de um prédio (16º andar), com um teto todo de vidro e vista 360º para a cidade.
A culinária é russa com influência mediterrânea e asiática, o ambiente é muito bem decorado, misturando itens clássicos e modernos, como elegantes pinturas de coelhos em uma alusão ao Alice no País das Maravilhas. Não achei a comida sensacional, valeu mais pelo ambiente que realmente é inusitado e de super bom gosto.
Para reservas e mais informações, clique aqui.
- Borscht: sopa de beterraba com tomate, legumes e carne, servida com sour cream.
- Blini: panquequinha de massa fina, com uma variedade enorme de recheios, inclusive caviar.
- Pelmeni: parecido com um capeletti, é uma massa recheada com algum tipo de carne (porco, vaca) ou cogumelos.
- Salada Olivier: é a famosa maionese de batatas! Uma mistura de legumes com maionese.
- Estrogonofe: pedaços de carne e cogumelos, com creme de leite. Bem parecido com o nosso.
1. White Rabbit
Em 2017 esse restaurante foi eleito um dos 50 melhores restaurantes do mundo, por uma prestigiada revista britânica sobre o assunto. Mas antes desse prêmio, em julho de 2015, escolhemos o White Rabbit para comemorar o aniversário de uma das amigas que viajou com a gente. Ele fica afastado do centro turístico de Moscou, no topo de um prédio (16º andar), com um teto todo de vidro e vista 360º para a cidade.
A culinária é russa com influência mediterrânea e asiática, o ambiente é muito bem decorado, misturando itens clássicos e modernos, como elegantes pinturas de coelhos em uma alusão ao Alice no País das Maravilhas. Não achei a comida sensacional, valeu mais pelo ambiente que realmente é inusitado e de super bom gosto.
Para reservas e mais informações, clique aqui.
2. Café Pushkin
Esse lugar foi indicado por amigas russas e tem uma história muito interessante. Um cantor francês chamado Gilbert Bécaud se apresentou em Moscou e, ao voltar para Paris, escreveu a música Nathalie, dedicando-a ao seu guia russo. A música ficou famosa mundialmente, e um trecho dela diz: “Estamos andando por Moscou, visitando a Praça Vermelha, e você está me contando coisas sobre Lênin e a Revolução, mas estou pensando: queria que estivéssemos no Café Pushkin, olhando a neve do lado de fora das janelas. Beberíamos chocolate quente e falaríamos sobre algo completamente diferente”.
Os turistas franceses passaram a procurar o café Pushkin em Moscou, mas ele não existia, pois foi algo pensado somente para aquela música. Até que um artista e restaurador chamado Andrei Dellos, criou o Café Pushkin e o inaugurou em 1999, inclusive com a presença do cantor Gilbert Bécaud, que obviamente cantou a música na noite.
A escolha da mansão barroca onde hoje está o restaurante também foi algo muito bem pensado, pois o poeta Alexander Pushkin era frequentador daquela região, e foi por ali que conheceu e se casou com sua esposa Natalya Goncharova. Além da história, achei o ambiente, a comida e o atendimento excelentes! Voltaria mil vezes!!
O restaurante tem quatro ambientes, todos ricamente e lindamente decorados: a Pharmacy Hall, Library and the Mezzanine, Fireplace Hall, e The Summer Terrace. Uma amiga russa disse que se você sentar na Library, a conta sai mais cara. Não sei se é bem assim pois sentei na Pharmacy mesmo, já que reservei e nos colocaram ali. Na dúvida, é melhor perguntar.
Eles reservam até às 20:00 hs, depois é por ordem de chegada e pode ter fila. A Library Hall fica aberta na madrugada (das 12:00 pm até 12:00 am). Para reservas e mais informações, clique aqui.
3. O2 Lounge - The Ritz Carlton Hotel
Esse restaurante é para jantar com uma super vista de Moscou, porque fica simplesmente de frente para a Praça Vermelha, no rooftop do hotel Ritz Carlton. Fomos depois de uma apresentação de ballet no Teatro Bolshoi, e achei esse lugar maravilhoso desde a entrada lá no térreo até o topo. Pena que na época, como já disse, tirava fotos péssimas e por isso estão escuras e tremidas...
A comida era boa e bem carinha, mas o que vale mesmo é o ambiente e a vista. É melhor reservar, pois é concorrido. Para mais informações e reservas, clique aqui.
4. Beluga - restaurante do Hotel National
Em 2010 nos hospedamos no Hotel National e jantamos no seu restaurante que hoje se chama Beluga: uma "brasserie de caviar" que conta com quase vinte variedades, inclusive com opção de degustação de alguns tipos combinados com doses de vodka Beluga fria. Os pratos são preparados pelo chef Yevgeny Meshcheryakov, ganhador do Bocuse d’Or Battle em 2014 (há pratos sem caviar também).
Apesar de não termos experimentado especificamente o Beluga, deixei listado aqui porque, além de ser super típico comer caviar na Rússia, esse restaurante também tem uma super vista já que o hotel fica em frente ao kremlin e Praça Vermelha. E por dentro é lindo, finamente decorado. Para reservas e mais informações, clique aqui.
5. Tchaykovsky Restaurant
Esse é outro restaurante que não deu tempo de ir em 2015, mas que quero muito ir quando voltar à Moscou. Amo música clássica e, para mim, Tchaikovsky é o gênio dos gênios!!! Além disso, a culinária desse restaurante é georgiana e sonho em conhecer a Geórgia!
E o que Tchaykovsky tem a ver com a Geórgia? Originalmente nada, mas o compositor visitou o país muitas vezes e deixou registrado numa carta que a capital Tbilisi lhe trazia lembranças maravilhosas, o que não era muito frequente na sua vida. Foi lá que ele começou a pensar em grandes obras, como as músicas do ballet "A Bela Adormecida"! A dança árabe do ballet "O Quebra Nozes" foi composta com a melodia tradicional da canção de ninar georgiana “Iavnana”. Ou seja, Tchaykovsky e Georgia tem tudo a ver!!!!!
Para mais informações e reservas, clique aqui.
6. My My
Esse restaurante, que se pronuncia "Mu Mu", é para um café da manhã e/ou um almoço rápido, caso você esteja nos arredores da Rua Arbat. O My My é uma rede com vários restaurantes pela cidade, criada pelo restaurador Andrei Dellos, aquele que inventou o Café Pushkin que comentei antes.
O legal desse restaurante é que tem muitos pratos da culinária russa e pratos mais ocidentais também. Por isso é um lugar legal para quem quer provar um pouco de tudo da culinária local, e também para aqueles que querem comer algo convencional, como uma salada, massa, pizza, ou até sushi! Aliás, uma coisa engraçada dos restaurantes italianos na Rússia, é que muitas vezes tem sushi também. Cheguei a experimentar um sushi de pizza em São Petersburgo.
O sistema do My My é buffet com preço fixo, daqueles que os funcionários que colocam a comida no seu prato. Lembro que, para não empacar a fila, acabei com um prato cheio de itens que não fazia ideia do que eram, porque ninguém falava inglês e o pessoal atrás me pressionava para eu andar logo! Foi engraçado e valeu a pena, a comida era caseira e até que gostosa. Mas como falei, é ideal para um almoço rápido e sem muita expectativa.
O site oficial dessa cadeia de restaurantes é esse aqui.
7. Gastronomia Eliseevsky
* Em abril de 2021 a Eliseevsky fechou as portas depois de mais de cem anos de funcionamento, pois não sobreviveu à crise da pandemia do corona vírus...😥
Essa dica não é restaurante, mas sim de uma mercearia construída no final do século XVIII em estilo neobarroco, considerada a mais linda do mundo. Fica na famosa rua Tverskaya e guarda muita história. O palácio foi idealizado pelo secretário de Estado de Catarina II (Catarina, A Grande) como um presente a sua esposa, e a neta do casal que o herdou resolveu abrir um salão literário em 1824, onde renomados artistas e poetas como Pushkin, passaram a se reunir.
No final do século XIX a mansão foi comprada pelo milionário Grigiry Eliseev para comercializar vinhos, produtos coloniais e importados. Ele já era proprietário da maior mercearia de São Petersburgo, a lindíssima Kupetzeliseevs, que fica na lendária avenida Nevsky. Depois da Revolução Russa de 1917 foi nacionalizado, mas não decaiu em nada a sua popularidade. Lá você encontra produtos típicos russos, como variedades de caviar, e todos tipos de guloseimas locais e importadas que puder imaginar. Mas o que vale mesmo é a arquitetura e a decoração. Lindo demais!!
Clique aqui para acessar o site oficial.
ONDE SE HOSPEDAR/onde me hospedei
Opções de boas hospedagens não faltam em Moscou. Em termos de localização, a melhor opção é ficar nos arredores da Praça Vermelha, pois você conseguirá visitar as principais atrações à pé. São ótimas opções:
- The St. Regis Moscow Nikolskaya
- Four Seasons Hotel
- The Ritz-Carlton
- Hotel Metropol
- Ararat Park Hyatt
1. National Hotel, a Luxury Collection Hotel, Moscow
Esse hotel de arquitetura "art nouveau" foi o escolhido para a nossa lua de mel, pois queríamos algo bem russo, bem tradicional. O hotel fica bem de frente para a Praça Vermelha e para o Kremlin (a vista do café da manhã é sensacional). O interior é ornamentado com uma decoração super clássica, digna de czar! Famosos como Lênin, Trotsky e a célebre bailarina Anna Pavlova já se hospedaram lá.
A propriedade tem mais de cem anos de história, esteve no centro das guerras mundiais e da Revolução Russa, presenciando todos os fatos importantes que a Rússia tem vivido nos últimos tempos. Em resumo: tradição, serviço, localização e conforto nota dez! Voltaria mil vezes! Para maiores informações no site oficial, clique aqui.
2. Hotel Megapolis Tverskaya
Estivemos nesse hotel 2015, com mais dois casais de amigos e foi um deles que escolheu o Megapolis. A localização é excelente, pois fica na avenida Tverskaya, cujo fim dá na Praça Vermelha. Mas... para encontrar esse hotel não é nada fácil e foi a primeira vez em que me hospedei num hotel que fica num prédio comercial (a segunda foi em Belgrado, na Sérvia).
Rodamos muito, fomos e voltamos mil vezes na avenida, pois o número dava num prédio comercial comum. Até descobrirmos que o hotel ficava no andar x desse prédio, demorou uma eternidade! Não tenho do que reclamar do quarto, era confortável, até que bem decorado e limpo, mas era um hotel sem estrutura nenhuma, tanto é que só servia café da manhã no quarto.
O pessoal da recepção era super mal humorado, mas nos atendeu no que precisamos. Lembro que pegamos um quarto que tinha uma janela no teto, era tipo um sótão, e ficava muito claro de manhã. Reclamamos e nos arrumaram um quarto sem janela no teto, rs.. já nossos amigos não tiveram a mesma sorte, pois acho que tinham acabado os quartos desse tipo.
Conclusão: se você preza por localização acima de todo o resto, e faz questão apenas de uma cama boa e de um chuveiro decente, pode se hospedar no Megalopolis Tverskaya. Para acessar o site do hotel, clique aqui.
MAPA DE MOSCOU
Nesse link está o mapa de Moscou com todos os locais mencionados nesse post: pontos turísticos, restaurantes, hotéis, etc...
Sempre que viajo monto um mapa desses no app My Maps para me localizar mais facilmente na viagem e não perder tempo.
Nesse link está o mapa de Moscou com todos os locais mencionados nesse post: pontos turísticos, restaurantes, hotéis, etc...
Sempre que viajo monto um mapa desses no app My Maps para me localizar mais facilmente na viagem e não perder tempo.
Fim da viagem por Moscou! Que saudade sinto dessa cidade que me surpreendeu tanto e que superou MUITO as minhas expectativas! Já quero voltar pela terceira vez!
Escrevi também as dicas de São Petersburgo, a cidade dos czares!
Thaís 😘