Thaís Natale
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El Nido - paisagens inacreditáveis!

Já faz algum tempo que as Filipinas começaram a fazer a cabeça dos brasileiros, mas ainda não é um país tão visitado. E merece ser, pois abrange mais de 7 mil ilhas PARADISÍACAS!

Conheci apenas dois pontos da Ilha de Palawan (El Nido e Coron) e já fiquei de queixo caído com o que vi, imaginando como deve ser o resto. Quem já foi para El Nido costuma dizer que é o lugar mais lindo do mundo. Não conheço o mundo inteiro para poder afirmar isso, mas com certeza, em termos de beleza natural, é o lugar que mais me impressionou até hoje!

Achei a combinação perfeita: formações geológicas despontando do mar, paredões de rochas formando lagoas e praias escondidas, cor da água que varia entre diversos tons de azul e verde, temperatura ideal e vida marinha abundante, com uma infinidade absurda de corais e animais coloridos.

Além de tudo isso, não é um destino superlotado! Ainda é possível ter momentos a sós em algumas atrações, principalmente se você se esforçar um pouquinho chegando cedo nas mais concorridas, e optando por tours privados ao invés dos coletivos (explicarei mais para frente).

Falando nas atrações, vou começar esse post escrevendo sobre elas, e depois dou as informações práticas de praxe, como onde ficar, como chegar, quando ir, quanto tempo ficar, etc, etc, etc! 

Clicando aqui, você acessa o mapa onde marquei todos os pontos mencionados nesse post, para melhor organização da viagem.
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Remando em frente ao Hotel Lagen, em El Nido

BOM SABER ANTES DE IR

As Filipinas são um país asiático formado por 7107 ilhas, que faz fronteira marítima com Taiwan, Malásia, Indonésia, Palau e Vietnã. A capital é Manila, onde se encontra o aeroporto Internacional Ninoy Aquino (Naia), considerado o pior do mundo (é fraco mesmo!).

A população conta com cerca de cem milhões de habitantes vivendo numa estrutura subdesenvolvida. Infelizmente você vê miséria por todos os lados e, para piorar, os filipinos sofrem com terremotos e tufões de tempos em tempos... uma judiação... por essas razões, estima-se que existem 12 milhões deles vivendo no exterior. Não é à toa que sempre nos deparamos com eles trabalhando em serviços em qualquer país que se vá.

Mesmo com tanta simplicidade, não pense que as Filipinas não podem ser um destino de luxo. Existem muitos hotéis cinco estrelas espalhados pelas ilhas do país, como o exclusivíssimo Amanpulo, da rede Aman, na Pamalican Island, onde você chega com o avião fretado do próprio hotel.

É um país relativamente seguro, com exceção às ilhas do sul, principalmente Mindanao, onde há regiões de maioria muçulmana com concentrações de militantes ligados ao Estado Islâmico. Deve ser por isso que essa parte do país não é turística (por falta de beleza que não deve ser!).

A Espanha descobriu as Filipinas no século XVI e colonizou por três séculos. Após um breve período de independência não reconhecida, a Espanha cedeu o país aos EUA, que o dominou por mais 48 anos. Apenas em 1946 os filipinos finalmente se tornaram independentes. Hoje é uma república democrática governada pelo polêmico presidente Rodrigo Duterte.

Devido ao longo período de colonização, a influência espanhola é muito visível, principalmente na língua, na culinária e na religião. Ah, e obviamente no nome do país, já que foi definido em homenagem ao Rei Filipe II.

A língua oficial é o filipino ou tagalo, idioma engraçado porque tem algumas palavras muito parecidas com as espanholas, que reconhecemos de vez em quando, como, por exemplo, bintana (ventana, em espanhol). Ouvi no avião e logo me pareceu familiar!

A religião predominante é a católica e a moeda utilizada é o peso filipino, beeem desvalorizado. Achamos as Filipinas um país super barato para comer e se locomover.

Atenção!!!: brasileiros não precisam de visto para entrar nas Filipinas e permanecer até 59 dias, mas precisam do Certificado Internacional da Vacina contra a Febre Amarela (não precisei apresentar, mas tinha comigo).
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Big Lagoon

O QUE FAZER EM EL NIDO/PRINCIPAIS ATRAÇÕES

El Nido fica no norte da ilha de Palawan, o arquipélago com a maior concentração de ilhas das Filipinas (1.780 para ser exata). Ali as águas são cristalinas, muitas praias são intocadas, a biodiversidade é abundante, com inúmeras espécies de peixes tropicais, corais, bem como cinco espécies de tartarugas marinhas ameaçadas de extinção e mais de 100 espécies de aves. Todo esse conjunto forma um lugar único com paisagens de sonho!

Para conhecer El Nido minimamente, é preciso pagar por um tour de barco, a bordo dos chamados "outrigger", os barquinhos típicos das Filipinas. Existem os tours em grupo e os privados, e, na verdade, são todos meio iguais, já que visitam os mesmos lugares, que variam entre praias, lagoons, pontos de snorkel e cavernas. Basicamente, são divididos assim:

- Tour A: Small Lagoon, Big Lagoon, Secret Lagoon, Shimizu Island e 7 Commando Beach.
- Tour B: Snake Island, Pinagbuyutan Island, Entalula Beach e Cudugnon Cave.
- Tour C: Helicopter Island, Matinloc Shrine, Secret Beach, Star Beach e Hidden Beach.
- Tour D: Ipil Beach, Cadlao Lagoon, Paradise Beach, Pasandigan Beach, Natnat Beach e Bukal Beach.

A dica é contratar um tour privado, mesmo que saia um pouco mais caro, porque te permite fazer escolhas estratégicas. Você pode determinar a ordem dos pontos a visitar e o horário em que quer começar. Além disso, você pode misturar pontos do tour A, com pontos do B, do C, e assim por diante. Se tiver algum lugar que você quer muito pegar vazio, comece por esse bem cedo, combinando com seu barqueiro.

Outra dica é perguntar o horário de incidência do sol nos lugares que você mais quer ver ensolarados. Como em El Nido tem muitas rochas altas, muitas atrações ganham sombra rapidamente e, dependendo do horário que você for, vai encontrá-la com a cor da água já mais escura, completamente diferente daquele visual que você viu nas fotos da Internet.

Nós fizemos dois dias de tour privado e ainda faltou conhecer algumas atrações (motivos para voltar!). Todos nossos tours foram contratados pelos nossos hotéis (nos hospedamos em 2, falo sobre isso adiante), o que foi super conveniente, já que podíamos pagar tudo no check out. Além do barqueiro, sempre vinha um guia e um segurança junto (sei lá para que...).

Para quem se hospeda em El Nido Town, existem diversos estabelecimentos vendendo os tours.
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Outrigger, típico barquinho das Filipinas que levam aos passeios. Tem de vários tamanhos, esse da foto é bem pequenininho
PRIMEIRO DIA

​Big Lagoon
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Como estávamos hospedados no Miniloc Island, da rede El Nido Resorts, começamos nosso primeiro dia indo até a Big Lagoon de caiaque, bem cedinho (apenas 20 minutos remando).

Eu já tinha lido no Blog da Lala Rebelo que esse hotel era colado na Small e Big Lagoons, o que possibilita aos hóspedes chegar sozinhos de caiaque nesses dois paraísos. Isso determinou a nossa escolha e foi ótimo porque realmente tivemos um bom tempo sem absolutamente ninguém nas duas lagoons! Obrigada Lala!

A parte chata (para os que gostam de dormir heheh) é que tem que acordar super cedo. Acho que até exageramos, pois saímos do hotel antes das 07:00 da manhã e nesse horário a cor da água não está clara, tem muita sombra ainda. Mas valeu a pena para pegar os primeiros raios de sol sem ninguém por perto e entrar na água em paz (sempre quentinha)! Aquele lugar é maravilhoso de qualquer jeito e ver a variação das cores conforme o sol ia chegando foi bem legal também!

O corredor entre os paredões que levam "aos fundos" da Big Lagoon é onde a água se mostra mais clarinha e mais bonita e onde o sol começa a incidir primeiro. Ficamos um tempão por ali no maior silêncio. É super rasinho, uma delícia!

Entre 09:00 e 10:00 da manhã os barcos dos passeios começam a chegar e aí a atmosfera muda completamente. Assim, se fizer questão de curtir as lagoons sem ninguém, a dica é se hospedar no Miniloc ou contratar um tour privado que tope chegar bem cedo, antes dos demais barcos.
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​Shimizu Island
Depois de voltarmos da Big Lagoon para o hotel, começamos nosso tour privado desse primeiro dia. O barco chegou pontualmente no píer do próprio hotel, com o capitão, o guia e o segurança. Todos muito gente fina. Nossa primeira parada foi na Shimizu Island, não na ilha propriamente dita, mas sim no seu entorno, onde é um excelente ponto de snorkel. E bota excelente nisso, a quantidade de peixes coloridos era impressionante, assim como de corais. Vimos até uma tartaruga enorme! Nosso guia disse que tivemos muita sorte! As fotos debaixo d´água ficaram horríveis, por isso não vou postar nenhuma, mas garanto que vale muito a parada para quem curte snorkel.
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Seven Commando Beach
Apenas demos uma passadinha rápida por essa praia porque o tempo estava curto e resolvemos dar preferência para os lugares seguintes. Essa é uma praia linda com história para contar. Alguns dizem que o nome se refere à sete soldados que a teriam habitado na Segunda Guerra Mundial. Outros dizem que um barco de pesca encalhou, e os tripulantes, após consertarem o barco, deixaram esculpido o seu nome numa pedra (Seven Commando).
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Hidden Beach
Nossa quarta parada foi na Hidden Beach, uma praia escondida no meio das montanhas que brotam das águas. É o tipo de lugar que você nunca saberia que existe se alguém não te levasse, porque passando pelo alto mar, não dá para ver, fica literalmente escondida! Só que todo mundo já descobriu, né? rs! Tinha bastante gente, mas fica até mais lotado do que vimos, então, de certa forma, demos sorte! Você pode entrar nadando, de caiaque ou de SUP. A Hidden Beach é super influenciada pelo fenômeno da maré alta e baixa. Na baixa quase não tem água na praia, então pergunte aos locais sobre os melhores horários para visitá-la.

​Secret Beach 

Essa praia me deixou apreensiva porque não sei nadar! E só entra nadando na maré alta ou de caiaque na maré baixa, porque você tem que entrar literalmente no meio de um buraco para acessá-la. É claro que na minha vez a maré estava alta, rs. Nessas horas dei graças à Deus que tinha o guia, porque ele foi me puxando com uma boia. Mas na hora de passar pelo buraco você tem que ir sozinho, pois tem muita pedra e o mar pode "te jogar" em cima delas. Mesmo diante das minhas limitações, rs, deu certo, e consegui visitar mais um lugar de filme em El Nido. Pena que na hora que chegamos o sol não estava incidindo de cima, e por isso estava escuro. A vantagem é que estava vazio, só tínhamos nós lá dentro! A Secret Beach é bem pequenininha. Esse é mais um lugar que, se você quiser ver com sol de qualquer jeito, tem que perguntar sobre os horários certos aos locais.

​Tapiutan

Tapiutan é um ponto de snorkel. Eu nunca consegui fazer snorkel na vida, me bate um desespero, entra água na boca, no olho, e detesto aquela máscara apertada que puxa o cabelo. Não passo por isso para ver meia dúzia de peixes de jeito nenhum! Só que dessa vez o Daniel insistiu MUITO para que eu fizesse, pois disse que só tinha visto uma vida marinha assim, tão exuberante, em Fernando de Noronha. Resolvi tentar e consegui. Ainda bem que ele insistiu! Fiquei apaixonada pelo que vi lá embaixo! Uma extensão enorme de corais, muitos peixes e outro animais coloridos, Nemos e até uma tartaruga gigante!! Foi o máximo! Dizem que esse ponto tem uma correnteza que te leva naturalmente até a próxima atração, a Star Beach. Não senti a correnteza porque fui puxada pelo guia de novo, através da boia que ele amarrava nele. Uma delícia passear vendo toda aquela maravilha sem fazer esforço nenhum, heheheheh! A única coisa chata é que uma água viva me pegou de jeito. Arde para caramba, mas valeu muito a pena, amei!!
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​Star Beach

De Tapiutan viemos nadando até chegar nessa praia de filme, perfeita para descansar do snorkel. E o melhor: só tínhamos nós por ali!! Nós e esse abacaxi que achei jogado na areia!😂🤷‍♀️

SEGUNDO DIA

​Small Lagoon 
Nesse dia acordamos um pouco mais tarde e remamos até a Small Lagoon, que fica a uns 30 min do Miniloc (chegamos umas 08:00). A entrada da Small Lagoon é bem pequena e, se você estiver de caiaque, tem que recolher os remos e dar uma abaixadinha para não bater nas pedras.

Chegando lá, só tínhamos nós e uns locais que ficam numa casinha na entrada (eles alugam caiaques para o pessoal que vem de barco). E foi a mesma coisa da Big Lagoon: o sol ainda não estava batendo e a cor da água ainda estava escura. 

Claro que achei a Small Lagoon linda, mas a Big me impressionou mais. Talvez porque vi muitas águas vivas na Small e não tive coragem de pular na água, o que deixou a experiência incompleta (eram pequenas, mas vi uma enorme também e não queria correr o risco de ser queimada de novo...). De todo modo, foi igualmente incrível estar naquele lugar surreal a sós com o Daniel, no maior silêncio, só com o som do mar e dos animais.

Lá pelas nove da manhã os barcos de passeio começaram a chegar, igualzinho como é na Big. Umas dez horas resolvemos voltar.
Quando passamos pela casinha dos locais na saída da Small Lagoon, o Daniel parou do nada, pedindo ajuda porque achava que nosso caiaque estava afundando. E não é que estava mesmo? Tinha um furo enorme! Eu estava percebendo que estava entrando muita água e formando poças dentro, mas nem dei bola. Ele ficou quietinho para não me assustar... se tivéssemos continuado, íamos afundar em alto mar! E eu ia morrer de desespero!

Os locais foram super legais e iam nos emprestar um outro caiaque, quando um barco do nosso hotel que estava por ali nos reconheceu e trocou para a gente. Ufa! Apesar de estarmos de colete, não ia ser legal ficar boiando em alto mar até que alguém nos regatasse! Fora os celulares e outras coisas que não poderiam molhar...

Chegando sãos e salvos, almoçamos e fizemos as malas para trocar de hotel (uns 30 min de barco). Como já disse, a vantagem de ficar no Miniloc é poder chegar nas lagoons de caiaque, mas o hotel é bem simples e no ano que fomos não tinha piscina (parece que agora construíram uma). Queríamos conhecer algum outro hotel da rede El Nido Resorts com mais estrutura, e por isso dividimos nossa estadia. Na parte de hospedagem darei mais detalhes sobre um e outro.

O nosso segundo dia, portanto, foi dedicado à Small Lagoon e à curtir o novo hotel para onde mudamos (Lagen). Não fizemos passeio com tour.
TERCEIRO DIA

Cove Beach
O hotel para o qual nos mudamos, o Lagen Island, fica numa ilha de mesmo nome, onde é possível fazer uma trilha de uns 30 minutos e cair nessa praia DESERTA! Depois, se você quiser, o hotel manda uma lancha levar um caiaque para você voltar remando (uns 10 minutos do hotel). E ainda bem, porque a trilha vai pela mata fechada, lotada de insetos e a subida não é tão molezinha não. Cheguei pingando e não queria voltar pela trilha nem a pau! Mas também, quando você chega na praia... a recompensa é inacreditável, uma miragem! Que praia linda! E VAZIA!!!! Quando cheguei me senti no seriado Lost! 

Para completar, a quantidade de corais é absurda! Por isso leve snorkel e não pise nos corais por nada nesse mundo! Boie ou entre de colete para não pisar neles, é muita judiação estragar aquilo tudo!
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Gostamos TANTO, TANTO desse lugar, que voltamos no dia seguinte para curtir esse paraíso só nosso antes de ir embora!

​Entalula Beach

Depois de voltarmos remando da Cove 2 para o hotel, almoçamos e encontramos o pessoal do segundo tour privado que fechamos. A primeira parada foi em Entalula, onde tem boa estrutura para almoçar. Nós já tínhamos comido, então ficamos só curtindo a praia mesmo. Acho que esse restaurante de Entalula é conveniado com a rede El Nido Resorts, porque, quem não está hospedado em nenhum dos hotéis da rede, fica numa outra parte da praia, menorzinha.

​Snake island

Amei esse lugar! E olha que o tempo deu uma fechada bem na hora que chegamos... nublou... a Snake Island forma um banco de areia todo fim de tarde, delicioso para passar hooooras. Tem até um bar flutuante! Tem também um mirante onde você vê de cima o banco de areia certinho, com o mar vindo dos dois lados. Dizem ter o formato de uma cobra, mas eu não achei, rs. Lá em cima mora um macaco fofo, mas depois o guia disse que ele é agressivo, portanto, cuidado se for mexer com o macaquinho, rs!
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Cudugnon Cave
A penúltima atração do dia foi uma caverna. A entrada é por um buraco onde os guias te passam a ordem das posições para você conseguir entrar. Eles colocam uma toalha sobre a pedra para não machucar e vai um de cada vez. É mais legal ficar vendo o pessoal se matando para entrar do que lá dentro em si, rs. Como toda caverna, o teto é bem alto, é cheio de morcegos e sem nada para ver... só tem uma formação rochosa que eles chamam de cabeça do Mickey. E não é que parece mesmo?

Mas, segundo nosso guia, antigamente esse lugar era um local de depósito de ossos de entes queridos, para que retornassem aos seios da mãe natureza. Esses ossos encontrados por arqueólogos foram retirados faz tempo e estão em algum museu pelo mundo. Essa caverna enche de água com a maré cheia, então tem que ver bem quando ir.

​Cathedral Cave
Nossa última parada foi numa outra caverna, na qual não dá para nadar porque dizem que tem cobras aquáticas! Eles pararam o mais próximo possível, mas aquele dia o mar estava perigoso e nosso barco quase foi jogado nas pedras!
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ONDE SE HOSPEDAR

Em El Nido, os turistas se hospedam ou em El Nido Town, ou nos resorts que ficam espalhados em algumas das ilhas que compõe o arquipélago de Palawan.

El Nido Town é super simples e não tem nada para ver. No entanto, possui opções de hospedagem muito mais em conta, e de lá é possível fazer os passeios para as atrações da região. Todo mundo destaca o hostel Spin Design. Já ouvi dizer que ele é excepcional, equiparável a bons hostels da Europa, mas eu não conheci.

Já os resorts espalhados pelas ilhas são mais caros, mas oferecem privacidade e serviço de primeira. Ideal para quem procura relaxamento e conforto.

Como já comentei antes, nos hospedamos em dois hotéis diferentes durante a nossa estadia em Palawan: no Miniloc e no Lagen, ambos da rede El Nido Resorts. Essa é uma rede de hotéis sustentáveis, que abrange mais dois: o Apulit e o Pangulasian, sendo esse último o mais luxuoso de todos.

Nos resorts, tudo é planejado para minimizar ao máximo o impacto ambiental, e você vê claramente que a política de conservação é levada a sério: habitações que operam com energia solar e amenities naturais e biodegradáveis, são alguns exemplos.

Os quatro hotéis ficam em ilhas localizadas do lado esquerdo do arquipélago de Palawan, exceto o Apulit, que fica do lado direito. Se você estiver hospedado no Miniloc, pode usar a estrutura do Lagen e vice-versa. Não pode usar a do Pangulasian, pois é um hotel mais exclusivo. Não sei se poderia usar a estrutura do Apulit, mas como ele está do outro lado da ilha, nem valeria a pena (teria que pegar um barco + transporte terrestre + outro barco = muitas horas de deslocamento).
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Lagen Resort
​O Miniloc
O Miniloc é o hotel mais simples da rede, mas mesmo assim gostamos muito da estrutura, localização e serviço. Encravado na ilha de Miniloc, na baía de Bacuit, é um hotel com vibe de aldeia, bem rústico. Tudo por ali é pé na areia, uma delícia!

Como já comentei antes, a grande vantagem desse resort é estar localizado a poucos minutos de caiaque da Small e Big Lagoons, possibilitando aos hóspedes chegar antes de todos os demais turistas, o que faz toda a diferença. A desvantagem é que não tem piscina e achamos que faz falta para curtir um mergulhinho entre os passeios, já que em El Nido faz um baita calorão!

***ATAULIZANDO: agora o Miniloc tem piscina! Preciso voltar!***


O resort trabalha com o sistema de refeição all inclusive. E tem quer ser mesmo, porque uma vez hospedado ali, não tem para onde fugir, você estará literalmente ilhado! Não sou nem um pouco fã desse sistema (aliás, detesto), mas o Miniloc me surpreendeu nesse quesito. A comida era simples e boa, sempre com opções asiáticas e ocidentais. Achei tão boa que recuperei os quilos que perdi nos outros lugares que estive antes (costumo emagrecer na Ásia, já que asiático quase não come pão, derivados de leite, e os doces deles não me atraem nem um pouco, rs...).

O hotel conta com uma área comum que conta com uma mini praia com bangalôs para tomar sol, quadra de basquete/vôlei, mesas de pebolim e um bar.

Os quartos são divididos em cinco tipos, sendo alguns bangalôs sobre a água, outros mais no meio dos jardins e outros mais no meio da montanha, com vista panorâmica. Nós ficamos no Garden Cottage, típica moradia das Filipinas, no maior estilo "um amor e uma cabana". O quarto era bem simples, todo de palha, mas tinha tudo que precisávamos: cama confortável, chuveiro quente, ar condicionado e um espaço considerável.
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Uma coisa que achei fofa é que toda noite eles deixavam uma folha de papel com um conto para lermos antes de dormir. Os contos sempre tinham a ver com histórias das comunidades locais.
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​O Lagen

Amei esse hotel! O Lagen fica na ilha de mesmo nome, também na baía de Bacuit. Localizado entre uma floresta super densa e uma lagoa rasa e transparente, é o lugar perfeito para descansar. Como é um hotel mais reservado, achei perfeito para casais em lua de mel.

A área comum é toda linda e a piscina fica de frente para uma paisagem deslumbrante!! Sem falar que fica aberta 24 horas para um tchibum! Outra vantagem é a praia Cove 2, acessível de caiaque (10 min) ou por uma trilha que sai detrás do hotel (20 a 30 min). Trata-se de uma praia DESERTA do outro lado da ilha de Lagen que, se você der sorte de nenhum outro hóspede resolver ir na mesma hora, ganha uma praia maravilhosa particular!

Quanto ao restaurante, opera no sistema all inclusive, mas também há cardápio à la carte. Gostamos da comida, mas preferimos a do Miniloc (não disse que o Miniloc surpreende nesse quesito?).

O hotel conta com quatro tipos de acomodação, com alguns quartos sobre as águas. Ficamos no mais simples e achamos super espaçoso e confortável. À noite eles também traziam um conto para lermos antes de dormir.

Recomendo muito o Lagen e também o Miniloc por estar tão perto das Lagoons. Voltaria fácil pros dois!

QUANDO IR / QUANTO TEMPO FICAR / NOSSO ROTEIRO

Quando se planeja uma viagem para qualquer país asiático, devemos levar em consideração o período de chuvas. Lá esse assunto não é brincadeira não, já que você pode encontrar tufões, furacões e dias ininterruptos de tormentas, que podem arruinar a sua viagem.

Nas Filipinas é a mesma coisa. Faz calor o ano todo, mas vá entre dezembro e maio, meses considerados secos. Nós fomos no final de abril de 2017 e pegamos sol todos os dias (com alguns períodos de nuvens, mas nada demais).

Para El Nido, creio que cinco dias inteiros são suficientes para curtir bem (nós tivemos cinco noites mas apenas três dias inteiros e senti falta de pelo menos mais um). Claro que você vai querer ficar mais, pois provavelmente também vai achar que é um dos lugares mais lindos em que já pisou!

Nosso roteiro ficou assim:
Primeiro dia: chegada no Miniloc.
Segundo dia: Big Lagoon de manhã de caiaque, almoço, e depois tour privado para
 Shimizu Island, Seven Commando Beach, Hidden Beach, Secret Beach, Tapiutan e Star Beach.
Terceiro dia: Small Lagoon e mudança de hotel (do Miniloc para o Lagen).
Quarto dia: Cove2, Entalula Beach, Snake Island, Cudugnon Cave e Cathedral Cave.
Quinto dia: Cove 2 e retorno para Manila.

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COMO CHEGAR EM EL NIDO

​Não existem voos diretos entre Brasil e Filipinas, portanto chegar em El Nido exige um pouco de sacrifício e paciência, já que algumas escalas são necessárias, passando, necessariamente, pelo aeroporto de Manila, classificado como o pior do mundo. Mas garanto que vale muuuito a pena!

O jeito mais rápido e menos cansativo seria voando com a Emirates, pois a companhia tem um voo que liga São Paulo à Dubai e Dubai à Manila, ambos sem escalas. Maaas, como as passagens da Emirates quase nunca tem um valor camarada, a maioria das pessoas opta por chegar na Ásia por outras companhias aéreas.

Então, vamos à explicação prática pelo jeito mais sacrificante, e depois conto como foi a minha experiência e quais foram as minhas escolhas.

Passo 1: voar do Brasil para a Ásia - comprar um voo entre o Brasil e algum país asiático, como, por exemplo, Singapura, Hong kong ou Tailândia. Esse trajeto já vai exigir uma conexão nos Estados Unidos ou em algum país europeu ou africano, dependendo da companhia aérea que você escolher (Exs: São Paulo – Xangai pela American Airlines, via Dallas / São Paulo – Bangkok pela Air France, via Paris / São Paulo – Hong Kong pela South African Airways, via Joanesburgo, etc.).

Passo 2: voar do país asiático escolhido para Manila, capital das Filipinas - comprar um voo para Manila, a partir do país em que você chegou na Ásia. Nesse trajeto há muitas opções de voo direto, como, por exemplo, Singapura – Manila, Bangkok – Manila, Hong Kong – Manila.

Passo 3: voar de Manila para El Nido – El Nido fica na ilha de Palawan, que conta com dois aeroportos, o Puerto Princesa, no meio da ilha, e o aeroporto de El Nido, já na província de El Nido. Assim, seguem as diferenças entre as duas opções:

- Opção mais econômica: voo de Manila para o aeroporto de Puerto Princesa, e depois um barco ou transporte terrestre, que leva cerca de 5 horas para chegar na cidade de El Nido por estradas não muito boas.
- Opção mais cara: voo de Manila para o aeroporto de El Nido. A cidadezinha de El Nido está a 15 minutos de carro desse aeroporto. Essa opção é mais cara porque existe apenas uma companhia aérea que faz esse trajeto, a Air Swift. Pelo que entendi é uma companhia dos donos dos resorts que dominam a região. É praticamente um voo fretado.
*Sente do lado esquerdo do avião, a vista é muito mais bonita!

Passo 4: se hospedar em El Nido Town ou em algum resort em ilhas: chegando na cidadezinha de El Nido, alguns se hospedam por lá mesmo, pois ao lado tem um porto de onde saem os passeios. Outros preferem ficar isolados nos resorts espalhados pelas ilhotas que formam o arquipélago de Palawan. Se a sua escolha for algum resort, ao chegar no aeroporto de El Nido, você será levado até o cais para pegar um barco, a ser previamente agendado com o seu hotel (nossa travessia não durou nem uma hora).

/// Como foi a nossa experiência ///

1.Brasil – Ásia (Hong Kong)
Compramos um voo pela South African Airways, que faz o trajeto São Paulo – Joanesburgo – Hong Kong. São cerca de 8 horas entre São Paulo e Joanesburgo + cerca de 12 horas de Joanesburgo até Hong Kong. Punk!

Nunca tinha voado por essa companhia e gostei bastante. Além da pontualidade e organização, dois detalhes me chamaram a atenção: o cobertor era de ótima qualidade e cheiroso e a comida era bem gostosa. Olha que pedi menu vegetariano e veio um hambúrguer de soja super bem feito (o que é difícil acontecer heheheh)!

No voo entre Joanesburgo e Hong Kong passamos o maior susto! O avião literalmente caiu por alguns longos segundos, que mais pareceram horas!!!! Foi aquela confusão: gente gritando, se segurando, criança chorando, um stress... nunca tinha passado por nada parecido e olha que já voei bastante nessa vida... foi tão feio que o piloto até pediu desculpas no final e disse que não tinha como prever aquilo. Realmente não acho que foi culpa dele, acontece, poderia ter sido com qualquer cia., mas que foi assustador, foi! E olha que não tenho medo de avião.

2.Singapura – Manila
Passamos alguns dias em Hong Kong, em Kuala Lumpur e em Singapura. De Singapura fomos para Manila, nas Filipinas, pela companhia aérea Cebu Pacific. Deu tudo certo: o avião saiu na hora, as malas chegaram e o voo foi tranquilo. Essa cia é filipina. O aeroporto de Singapura é fantástico e é considerado um dos melhores do mundo. Foi engraçado partir dele e chegar no de Manila, considerado o pior do mundo. Fomos do luxo ao lixo em poucas horas!

O terminal doméstico do aeroporto de Manila é minúsculo, a área de check in é apertada e lotada, a sala de embarque é pequena, cheia de cadeiras enfileiradas com um ar condicionado congelante, que fica o tempo todo soprando um vento na sua cara, não importa onde você sente. As opções de comes e bebes são sofríveis. E o pior de tudo: para ir de um terminal a outro você tem que agendar um ônibus com uma pessoa que fica numa espécie de balcão e ela só te permite pegar o ônibus se você mostrar o comprovante da passagem aérea.
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Numa das 3 vezes que passamos pelo aeroporto de Manila (sim, tivemos que passar 3 vezes porque fomos para Coron também), queríamos mudar de terminal, já que era mais fácil para chegar no nosso hotel. Jogamos uma conversa e conseguimos pegar o tal do ônibus. Todo esse malabarismo porque o táxi, para ir de um terminal à outro, vai por fora do aeroporto num trânsito caótico, e você demora uma eternidade para chegar (mais que agendar e esperar o tal do ônibus).

Ah, e esse ônibus agendado só passa de 40 em 40 minutos (com possíveis e prováveis atrasos) e leva 5 min para chegar em outro terminal. Quando ele está chegando, o funcionário que agenda começa a gritar: “Terminal X, Terminal X” porque nem todos os ônibus que passam ali vão para todos os terminais. É por isso que as companhias aéreas recomendam chegar com um tempo de antecedência absurdo (se não me engano, algo em torno de cinco horas antes do voo!). Nós arriscamos chegar com 3 e deu tudo certo.

3. Manila – El Nido
Para esse trajeto escolhemos voar com a Air Swift e chegar mais rápido em El Nido. Como é uma companhia privada ligada aos grandes resorts, você recebe alguns mimos, como um espaço especial para sentar na sala de embarque e uma sacolinha com sanduíche, suco, fruta e doce. Amo comer, mas isso não alivia em nada o perrengue que é aquele aeroporto, rs... o avião é bem pequeno, mas o voo é rápido (uma hora e pouco). Atenção ao peso da bagagem: 10 kg apenas, podendo comprar mais 10.

O aeroporto de El Nido não é, bem assiiiim, um aeroporto. O avião pousa no meio de uma estrada de terra, numa propriedade privada. Do avião você é levado para umas cabanas de palha onde você é recepcionado por filipinas cantando e com uma mesa de bebidas e snacks. E tudo acontece nesse mesmo espaço: raio x, controle de imigração, o descarregamento das malas, tudo super improvisado! Vi que eles estão construindo uma outra área para isso, com mais cara de aeroporto.
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Depois de beber algo, um ônibus fofo chamado Jeepney te leva até o píer para pegar o barco para o seu resort (o tempo de travessia depende de onde é o seu resort e das condições do mar no dia). Na verdade, daria para ir à pé até o píer, mas o sol é cruel. E quando o barco chega no seu resort, é uma felicidade só! Você percebe imediatamente que toda saga valeu a pena!

Imagem

Deixei uma parte de mim em El Nido! Descrever esse pedaço do planeta será sempre injusto, nenhum adjetivo é capaz de traduzir a beleza desse lugar! Tem que simplesmente botar nos planos e ir!
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Beijos e até Coron, o próximo paraíso filipino!
Thaís 
 

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